Ossos e dentes possuem esse elemento na composição
O fósforo (P) é um elemento químico de número atômico 15, massa atômica 30,97 e pertencente à família 15 ou 5ª da tabela periódica. Tal elemento é essencial para os seres vivos, pois compõem as membranas celulares, os ácidos nucleicos (DNA e RNA), os ossos e os dentes.
A família 15 também é composta pelo nitrogênio, antimônio, arsênio e bismuto, que compartilham alguns característica: cinco elétrons na camada de valência e estado de oxidação de até +5. Além da distribuição eletrônica, é importante conhecer outras propriedades desse elemento:
• Alta tendência de oxidação;
• Alto grau de reatividade;
• Ametal, mole e semitransparente;
• Insolubilidade em água;
• Indisponível na atmosfera
• Forma bruta encontrada nas rochas;
• Ponto de ebulição em 280,5 °C
• Ponto de fusão em 44,15 °C.

Propriedades do fósforo. (Foto: Educa Mais Brasil)
Descoberta
O termo fósforo tem origem no latim phosphorus, que por sua vez deriva do grego phosphoros, uma junção de phos (luz) mais phoros (portador). O termo em latim por muito tempo designou o planeta Vênus, apelidada como Estrela da Manhã.
O nome desse elemento químico está diretamente ligado a sua alta reatividade, uma vez que, ao entrar em contato com o oxigênio do ar atmosférico, o fósforo oxida-se espontaneamente e uma luz é emanada. Essa reação química caracteriza o fenômeno da fosforescência.
O fósforo foi descoberto em 1669 pelo alquimista alemão Hennig Brand, enquanto ele fazia a destilação da mistura de urina com areia na busca da pedra filosofal. Ao vaporizar a ureia, conseguiu um material branco que brilhava e incandescia.
Aplicações ao fósforo
O nome fósforo ganhou um novo significado graças ao químico britânico John Walker, que percebeu que o material descoberto por Brand flamejava ao ser friccionado em algumas superfícies. A partir de 7 de abril de 1827 começaram a ser comercializados os palitos de fósforos.
Desde então, esse elemento passou a servir para diferentes objetivos e situações. Confira abaixo algumas aplicações:
• Indústria farmacêutica: componente de reconstituintes e fixadores de cálcio;
• Indústria metalúrgicas: componente de ligas metálicas;
•Indústria alimentícia: acidificante de algumas bebidas, como refrigerantes e algumas cervejas, além de emulsificante de leites queijos industrializados e leite em pó;
• Indústria agrícola: adubos fosforados.
• Prevenção e tratamento de doenças: os ortopolifosfatos são úteis no tratamento de doenças como artrite reumatoide, artrose, cálculos renais e osteoporose.

A lixa da caixinha é composta por fósforo. (Foto: PxHere)
Importância para os seres vivos
Os seis elementos químicos mais importantes para os seres vivos: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre são identificados pelo acrônimo CHONPS. O oxigênio é encontrado em maior proporção nas moléculas (65%), seguido do carbono (18%) e hidrogênio (10%).
Já o fósforo compõe apenas 1,2% das moléculas biológicas. Ele é o principal componente da membrana plasmática e juntamente com moléculas de lipídios formam uma camada de fosfolipídios.
Esse elemento químico também pode ser encontrado nos ácidos nucleicos (DNA e o RNA) e na adenosina trifosfato (ATP) - nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia proveniente do processo de respiração celular. Também é importante para a mineralização da estrutura óssea; síntese de colágeno, vitaminas e homeostase (equilíbrio do meio interno) do cálcio e mediação no processo de excreção renal.
Alimentação
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), consumo diário indicado de fósforo é de 700 mg. Essa quantidade deve ser obtida por meio da alimentação, já que por se tratar de um mineral, esse elemento não é produzido pelo organismo.
Veja abaixo os alimentos ideais:
• Abacate
• Amendoim
• Aveia
• Castanha-do-Pará
• Leite e derivados
• Lentilhas
• Ovos de galinha
• Pimenta
• Salmão
• Sardinha
Ciclo do fósforo
Quando o fósforo se mineraliza, ou seja, convertido em substância inorgânica, ele é absorvido pelas raízes das plantas e se integra a cadeia trófica dos seres heterotróficos (consumidores), posteriormente é devolvido ao solo nos excrementos ou matérias mortas.
Um parte desse elemento é carregada por correntes de água. Consequentemente, ele se incorpora na cadeia trófica marinha ou perdem-se nesse ambiente e sedimenta-se e é incorporado às rochas. Com o passar dos tempos, as rochas sofrem intemperismo e o ciclo reinicia.